Governo Federal quer ampliar mistura de etanol na gasolina para 30% em 2025

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Estudo proposto pelo Ministério de Minas e Energia revela que mistura é segura, sem comprometer o desempenho; lei autoriza que percentual de 27% seja ampliado para até 35%, desde que haja viabilidade técnica

O governo federal está planejando uma mudança significativa na composição da gasolina vendida no Brasil ainda em 2025. A proposta, que será apresentada pelo Ministério de Minas e Energia ao Conselho Nacional de Política Energética, visa aumentar o percentual de etanol na gasolina de 27% para 30%. Segundo o ministro Alexandre Silveira, testes realizados confirmaram que essa nova mistura é segura para veículos e motocicletas, sem comprometer o desempenho.

Atualmente, a legislação permite que a mistura de etanol na gasolina chegue a até 35%, o que abre espaço para essa alteração. Apesar de existirem divergências sobre o tema, a discussão será levada ao conselho. Com o aumento do percentual de etanol, o Brasil poderá dar um passo importante rumo à autossuficiência na produção de gasolina. Isso permitirá uma revisão no modelo de definição de preços dos combustíveis, que atualmente é influenciado por fatores externos.

A expectativa é que o preço interno da gasolina passe a considerar a competitividade do mercado, o que pode resultar em uma redução de até 13 centavos por litro. Essa medida é vista como uma forma de contribuir para o controle da inflação, conforme explica o ministro Silveira. Atualmente, o Brasil importa 760 milhões de litros de gasolina, e o aumento da mistura de etanol representará um acréscimo de 1 milhão de litros, possibilitando até mesmo a exportação de gasolina excedente.

O impacto econômico dessa medida também será significativo para o setor de etanol, que emprega cerca de 25.000 pessoas direta e indiretamente. Com a nova política, o setor deverá receber um aporte de 9 bilhões de reais, o que pode impulsionar ainda mais o desenvolvimento dessa indústria no país. Em paralelo, havia uma previsão de elevação do percentual de biodiesel no óleo diesel de 14% para 15% no início do ano. No entanto, essa mudança foi adiada devido ao impacto que poderia ter nos preços dos alimentos e a denúncias de fraudes na mistura do biodiesel, que poderiam gerar competição desleal no mercado.

JP NEWS

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